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Data da publicação: 19/06/2019

 
Junior com os alunos da Oca dos Curumins: participar da Olimpíada Brasileira de Robótica reacendeu o sonho do professor de um dia estudar na USP ou na UFSCar
 

Esse não é mais um texto só para agradecer pelo empenho na organização dessa linda e gigantesca competição. Meu nome é Emidio Junior Manzini, sempre amei tecnologia, trabalho na área desde os 17 anos, tenho 39 hoje, só consegui meu diploma da graduação (curso noturno) em 2010.

 
Atualmente sou programador e atuo como professor de informática já há 20 anos. Essa foi minha terceira participação na OBR aqui em São Carlos, na primeira participação em 2017 minhas equipes não ficaram nem entre as 30 primeiras colocadas, em 2018 não ficamos entre as 20.
 
Trabalho para duas escolas particulares que me dão toda a condição de ter resultados melhores dos que havia conseguido até então. Isso me fez, pela primeira nesses anos de profissão, repensar se tecnicamente eu estava à altura desse desafio, estaria eu, aquém do que os meus alunos precisavam? Acredito que não exista coisa pior do que isso para qualquer profissional que sempre procurou fazer o melhor.
 
Após o segundo fracasso, mesmo desanimado, conversei com os alunos e decidimos: “Vamos estudar mais, vamos construir nossa pista e vamos nos classificar para a estadual de 2019”.
 
Também inscrevi alunos das duas escolas no curso preparatório da USP, enquanto eu estudava mais a fundo a programação EV3-G.
 
O trabalho foi árduo, cansativo e estressante em alguns momentos, já que tinha que conciliar meu outro emprego, o tempo com a minha filha (que tanto me cobrou nas intermináveis aulas-extra que fiz com os alunos no último mês) com essa responsabilidade que assumi com as crianças e com as respectivas escolas.
 
Nesse ano, classificamos duas das três equipes de nível I que inscrevi e minha equipe do colégio Oca dos Curumins foi campeã no domingo!
 
Quando a Professora Roseli discursava antes do anuncio das equipes melhores colocadas eu já estava muito feliz, porque sabia que dessa vez tínhamos feito um bom trabalho, a medalha seria um bônus.
 
Ela disse que o aprendizado que os alunos adquiriram durante esse tempo seria algo que os alunos levariam para o resto da vida, e é a mais pura verdade, mas não só para eles porque para mim também foi sensacional, a ponto de reacender, aos quase 40 anos, meu sonho de um dia estudar na USP ou na UFSCar, quem sabe fazendo uma especialização ou mestrado profissional…
 
A OBR foi um combustível para minha vida, espero que essa pequena história seja exemplo para vocês de como o trabalho que fazem é importante.
 
 
Muito obrigado!
 
 
Emidio Jr

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