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Data da publicação: 19/10/2016

Trabalho multidisciplinar foi premiado no XXV Congresso Brasileiro de Medicina Física e Reabilitação

Olibário está desenvolvendo um aplicativo para monitorar a postura de pacientes afetados por AVC

Uma das consequências decorrentes de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) é o comprometimento dos movimentos de partes do corpo e a estabilização da postura é muito importante no processo de reabilitação do paciente. Agora imagine se um aplicativo pudesse monitorar e alertar o afetado pelo AVC quando ele não estivesse na posição correta. Esse é um dos objetivos da pesquisa que está sendo realizada por Olibário Neto, doutorando do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.

O doutorando está trabalhando em parceria com duas terapeutas ocupacionais: a professora Valeria Elui, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), e a mestranda Amanda Peracini, do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Bioengenharia, que é oferecido em conjunto pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) e pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC).

A ideia é que o aplicativo seja capaz de avisar quando a pessoa está com a postura incorreta, por meio de sinais sonoros e visuais com instruções sobre como corrigi-la. Para isso, é preciso fixar o smartphone no peito do paciente sobre uma espécie de colete (veja a imagem). Dessa forma, ao permanecer em uma postura inadequada, o paciente recebe orientações para correção. “A estabilização do tronco é o primeiro passo para começar o processo de reabilitação. Os terapeutas levam tempo corrigindo a postura dos pacientes para que ocorra o aprendizado de forma correta. Com o aplicativo, os afetados poderão treinar em casa e chegar às sessões de terapia com a postura mais adequada”, explica Olibário, que é orientado pela professora Maria da Graça Pimentel, do ICMC.

 
Celular é fixado ao peito do paciente, alertando quando ele não está com a postura correta

Os testes em pacientes devem começar ainda este ano e o aplicativo será utilizado em portadores de Hemiparesia, que é a paralisia parcial de um lado do corpo. “A área médica sempre me interessou por conta do seu impacto na sociedade. A pesquisa está sendo muito desafiadora e nós temos essa motivação para ajudar as pessoas”, relata o doutorando, que já escreveu dois artigos sobre sua pesquisa. Um deles será apresentado na 2nd IET International Conference on Technologies for Active and Assisted Living (TechAAL 2016), que acontecerá nos dias 24 e 25 de outubro, em Londres. Já o segundo artigo será exibido no 22º Simpósio Brasileiro de Multimídia e Web, entre os dias 8 e 11 de novembro, em Teresina (PI).

 

O projeto foi premiado como a segunda melhor apresentação oral durante o XXV Congresso Brasileiro de Medicina Física e Reabilitação, realizado em São José do Rio Preto, na Universidade Paulista (UNIP), entre os dias 25 e 27 de agosto. O trabalho recebe financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Texto: Henrique Fontes – Assessoria de Comunicação do ICMC


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